Vírus segue
avançando na Libéria e novas mortes geram preocupação da República Democrática
do Congo
Dados divulgados nesta
sexta-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que 1.427 pessoas
morreram pelo vírus ebola. Todas nos países Serra Leoa, Libéria, Guiné-Conacri
e Nigéria, do oeste da África. Atualmente existem 2.615 infectados pela doença
nos quatro países.
A OMS voltou a ressaltar que não
há necessidade de restrições ao comércio nem ao trânsito nos países que
concentram o surto de ebola. A instituição só recomenda restrições de
movimentação para pessoas contaminadas ou com suspeita de contaminação pelo
vírus ebola.
Ebola avança na Libéria e gera preocupação na República Democrática do
Congo
A epidemia segue ganhando espaço
na Libéria, o país mais afetado pelo vírus. Pela primeira vez, foram
registrados casos de Ebola no sudeste da Libéria, perto da fronteira com a
Costa do Marfim. 1.082 pessoas foram registradas com a doença no país, das
quais 624 morreram.
Nesta sexta-feira, o
vice-diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a segurança sanitária,
Keiji Fukuda, alertou que o trabalho de frear a epidemia de Ebola "não
será fácil" e levará "vários meses":
– Esta tarefa não será fácil.
Esperamos vários meses de trabalho árduo, vários meses lutando contra esta
epidemia – disse Fukuda durante uma coletiva de imprensa em Monróvia, a capital
da Libéria.
Na República Democrática do
Congo, 13 pessoas morreram vítimas de uma febre de origem indeterminada,
despertando mais preocupação. Autoridades congolesas indicaram que a febre
hemorrágica está sob controle. O ministro da Saúde, Félix Kabange Numbi, disse
poder "garantir que a situação está sob controle em Boende, e
especialmente no eixo de Lokolia", locais situados na província do
Equador.
A situação na Nigéria, que ainda
não é considerada como surto, está piorando. Já são 16 casos com cinco mortes.
Em Serra Leoa foram registrados 910 infectados e 392 mortes, enquanto a
Guiné-Conacri contabilizou 607 casos da doença, com 406 mortes.
Nesta semana, um fio de
esperança apareceu com a melhora significativa do estado de saúde de um médico
e de uma enfermeira que recebem um soro experimental americano, o ZMapp.
Nos Estados Unidos, as duas
primeiras pessoas que receberam este soro experimental, um médico e uma
missionária da organização beneficente Samaritan's Purse, saíram curados do
hospital, onde haviam sido internados depois de serem repatriados.
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